Por que nós, os modernos...
Existe
uma forma de experiência vital - experiências de espaço e de tempo, de si
próprio e dos outros, das possibilidades e dos perigos da vida - partilhada,
hoje em dia, por homens e mulheres de todo mundo. Designarei esse conjunto de experiências como modernidade.
Ser moderno é encontrar-se num ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento,autotransformação
e transformação das coisas ao redor, mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo que temos, que conhecemos e
que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas
e raciais, , de classe e de nacionalidade, de religião e de ideologia: nesse
sentido, pode-se dizer, que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma
unidade paradoxal uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num
turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de
ambigüidade e angústia. Ser moderno é fazer parte de um universo em que, como
afirmou Marx, tudo o que é sólido desmancha no ar (BERMAN, 1990, p. 15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário